segunda-feira, 12 de outubro de 2009
A morte do romance
O romance morreu, senhoras e senhores! A essa hora ele deve estar esperando um sepultamento digno, como milhões de brasileiros. Resultou nulo. Silenciaram-se as serenatas, não há poemas romanticos, fechem as floriculturas e as lojas de bombons! O salão está vazio, não há noivos pra dançarem a ultima valsa... A cinderela? Mora sozinha num apartamento no centro. Dizem que a carreira vai bem e alguns tratamentos estéticos a livraram do título de gata borralheira! Pois é! Houve avanços, minha gente! E o principe? Dizem que está na faculdade e reprovou algumas vezes... pelo que ouvi ele não pensa em romance só na festa a fantasia do final de ano, no truco, na cerveja, na sinuca com os amigos e de vez em quando paquera o modelo mais novo da barbie. Parece que aconteceu o mesmo com a Branca de Neve, a Bela adormecida e também com a Maria, a Mariana, a Luiza, a Ana, o Roberto, o Paulo, o José. Pois é: a modernidade! A globalização, o consumo, o "tempo é dinheiro", o "progresso", a "carreira", e eu e você e ele e ela e eles e elas sozinhos na frente das telas de computadores em ônibus lotados ou emperrados no trânsito! Se vocês perguntarem da onde vem tanta ironia. Responderei: da tristeza! Pois é a tristeza que parece, hoje em dia, ser o único sentimento que os homens e mulheres partilham. Me permitam dizer que se o romance está morto eu morro um pouco também!
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